Entidades sindicais cobram melhores condições de saúde e segurança em empresas de MG


O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração Vegetal, Carvoejamento Reflorestamento e Similares (Sindex-MG) e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas do Estado de Minas Gerais (FTIEMG), cobram as empresas de Minas Gerais por melhores condições de saúde e segurança dos trabalhadores.

Só no mês de julho, dois acidentes fatais com funcionários do setor extrativo em serviço chocaram a sociedade e deixaram famílias de luto. Esses casos se somam a dezenas que ocorreram nos últimos anos no setor extrativo. 

No dia 8 de julho, um trabalhador da Cenibra em combate a incêndio florestal na operação da empresa em Ipaba, veio a falecer. O outro acidente ocorreu no dia 25 e envolveu um operador de caminhão transportando minério da MML, na zona rural da cidade de Passa Tempo. 

“As entidades vão seguir lutando para que as empresas melhorem suas condições de saúde e segurança, que colocam em risco a vida de trabalhadores”, afirmou José Maria Soares, presidente do Sindex-MG e da FTIEMG.

Uma das ações demandadas pelas entidades é o estabelecimento de rotas de fuga nas áreas plantadas de eucalipto. Outra frente seria o treinamento adequado das equipes e a devida gestão dos riscos das atividades extrativas. A situação foi levada para o Ministério Público do Trabalho. A Superintendência Regional do Trabalho já esteve no local do acidente da Cenibra para analisar a situação.

O sindicalista reforça que a segurança é uma demanda da sociedade como um todo. “As empresas investem pesadamente em marketing para dizer que são sustentáveis, que estão de bem com o meio ambiente e com a segurança, mas o que vemos na prática é bem diferente”, pontua. 

Além dos acidentes fatais, outros deixam sequelas em trabalhadores. As empresas também são cobradas para melhorarem a alimentação no campo e as jornadas de turnos ininterruptos, que afastam os trabalhadores de suas famílias e aumentam a pressão sobre a saúde mental.